quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Mastologista do Santa Genoveva fala sobre Câncer de Mama
Na próxima década, a população de pessoas que sobreviveram ao câncer com mais de 65 anos de idade vai aumentar cerca de 42%. “Podemos esperar um crescimento dramático no número de idosos que vivem com o câncer ou que carregam uma história da doença”, diz Julia Rowland, diretora da divisão de controle de câncer do Instituto Nacional do Câncer, nos Estados Unidos. "Câncer é basicamente uma doença relacionada ao envelhecimento da população. Por isso, precisamos nos preparar para esse aumento", afirma.
As informações foram obtidas a partir da análise de dados de vigilância e epidemiologia do Instituto Nacional do Câncer. Os dados foram publicados na edição de outubro do Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, um periódico científico que faz parte da Sociedade Americana para Pesquisa em
Câncer.Segundo a pesquisa, em 1971, a população que sobreviveu ao câncer foi de aproximadamente três milhões de pessoas. O número aumentou para 12 milhões em 2008. Em 2008, 60% dos sobreviventes de câncer tinham pelo menos 65 anos de idade. O número irá aumentar para 63% em 2020, segundo projeções do Instituto Nacional do Câncer.
Entre os tipos mais comuns relatados pelos sobreviventes estavam o câncer de mama (22%), de próstata (20%) e câncer colorretal (9%). Os pesquisadores atribuem a maior taxa de sobrevivência nesses grupos por conta de uma melhor detecção e triagem. O câncer de pulmão, que é o mais diagnosticado entre homens e mulheres, teve uma taxa muito menor na população sobrevivente, com 3%.
Segundo Rowland, a comunidade de saúde precisa se preparar para o aumento de sobreviventes de câncer, que vai apresentar grandes desafios. Com uma população mais velha, é preciso aumentar o número de médicos especializados em geriatria e oncologia. "Podemos ser mais felizes a medida que o envelhecimento da população é mais saudável que em gerações anteriores. As novas tecnologias poderão permitir uma melhor comunicação e acompanhamento", diz.
SintomasDe acordo com a médica mastologista Anna Silvia Jardim de Freitas Borges, pequenos tumores nas mamas, geralmente, não geram sintomas, por isso a importância de consultar um especialista anualmente. No entanto, as mulheres devem ficar atentas ao aparecimento de nódulos nas mamas ou axilas, saída de sangue ou de líquido transparente pelos mamilos, retração de pele nas mamas (pele “repuxando”), inversão recente dos mamilos ou lesões de pele que não melhoram, que podem ser indícios da doença. “O ideal é que o mastologista seja consultado anualmente mesmo por pacientes sem nenhum sintoma. Quanto mais cedo for realizado o tratamento maiores as chances de cura”, disse.
TratamentoO tratamento do câncer de mama, segundo a médica mastologista Anna Silvia Jardim de Freitas Borges, em geral, baseia-se em cirurgia, quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, hormonioterapia. “É importante salientar que existem vários tipos de câncer de mama e dependendo do tipo e do estágio será definida a melhor combinação de tratamento”, disse. Ainda segundo a especialista, as porcentagens de cura variam de acordo com a fase de diagnóstico e tratamento, podendo chegar a 95% no caso de a doença ser descoberta no início.
Câncer de mama também pode acometer homens
Apesar de menos frequente – 1% dos casos -, homens também podem desenvolver câncer de mama. Segundo a médica mastologista Anna Silvia Jardim de Freitas Borges, a doença geralmente aparece em idades mais avançadas nos homens que nas mulheres, em torno dos 65 anos. “Geralmente o primeiro sinal da doença no homem é um nódulo palpável atrás da aréola. Assim, homens com nódulo de mama também devem procurar o mastologista para avaliação e diagnóstico”, afirmou.
Fonte: Juliana Pronunciati - Jornal Correio de Uberlândia
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